Nem sempre é o excesso de tarefas que pesa — às vezes, é a ausência de reconhecimento. No Setembro Amarelo, vale refletir sobre como pequenos gestos no ambiente de trabalho podem influenciar (e muito) o bem-estar emocional. Ser notado, escutado e valorizado faz diferença mais do que se imagina.
Setembro Amarelo é um convite para refletirmos sobre algo que muitas vezes fica invisível: a forma como nos sentimos no dia a dia, principalmente no ambiente de trabalho. A campanha nasceu com foco na prevenção ao suicídio, mas acabou se tornando também um momento de conscientização sobre saúde mental, qualidade de vida e a importância do cuidado coletivo.
E, quando pensamos na realidade das empresas, é impossível não notar como a falta de reconhecimento e o excesso de pressão podem impactar a motivação e até levar ao esgotamento emocional.
A conexão entre trabalho, reconhecimento e saúde emocional
Todo mundo já passou por aquela sensação de estar se dedicando muito e, mesmo assim, não se sentir valorizado. É como se os esforços se perdessem no ar. Essa falta de reconhecimento mina a energia, enfraquece a autoestima e, com o tempo, pode abrir espaço para sentimentos de frustração, desânimo e até quadros mais sérios de sofrimento mental.
Segundo uma pesquisa da Gallup, 65% dos trabalhadores afirmaram não ter recebido nenhum tipo de reconhecimento pelo seu trabalho nos últimos 12 meses. Esse número por si só já diz muito: mostra que a valorização ainda não é uma prática consolidada, apesar de ser essencial para o bem-estar profissional.
O peso da falta de reconhecimento
Quando o reconhecimento não acontece, o colaborador começa a se perguntar: “Será que o que faço realmente importa?” Esse questionamento, repetido dia após dia, corrói a motivação e gera cansaço emocional.
E mais: não se trata apenas de receber elogios ocasionais, mas de sentir que o trabalho tem significado, que há propósito no que se faz e que esse esforço é percebido.
Diante desse cenário, é provável que funcionários que se sentem reconhecidos, reduzem a chance de pedir demissão. Isso reforça como o reconhecimento está diretamente ligado não só ao clima organizacional, mas também à retenção de talentos.
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Burnout: quando o cansaço vira doença
O burnout é um exemplo claro de como a negligência com saúde emocional pode sair caro para empresas e pessoas. Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma síndrome ocupacional, ela é resultado do estresse crônico não gerenciado.
O Brasil, segundo dados da International Stress Management Association (ISMA-BR), divulgado pela IstoÉ, é o segundo país do mundo com maior número de pessoas afetadas pela síndrome — cerca de 30% dos trabalhadores.
Os sintomas vão muito além do cansaço físico: incluem exaustão emocional, queda de produtividade, dificuldades de concentração, alterações no sono e até problemas de saúde física.
Sem apoio, o colaborador pode entrar em um ciclo de esgotamento que compromete não apenas o desempenho no trabalho, mas sua vida pessoal e suas relações.
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Bem-estar profissional e a importância da valorização
Investir em bem-estar profissional não é só oferecer benefícios ou um bom salário — embora esses fatores também tenham peso. É, sobretudo, reconhecer conquistas, estimular o crescimento, dar feedbacks construtivos e criar um ambiente em que o colaborador se sinta parte de algo maior.
Um estudo da OCDE mostrou que países que investem em qualidade de vida no trabalho apresentam índices mais altos de inovação e produtividade. Isso porque quando as pessoas se sentem seguras e valorizadas, têm mais disposição para entregar ideias criativas e ir além do esperado.
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Setembro Amarelo corporativo: um convite à mudança
Nas empresas, o Setembro Amarelo corporativo pode ser uma oportunidade de promover diálogos reais sobre saúde emocional e práticas de valorização.
Mais do que campanhas de um mês, trata-se de iniciar (ou fortalecer) uma cultura em que o cuidado é parte da estratégia de gestão de pessoas.
Isso pode acontecer de várias formas: rodas de conversa, treinamentos para líderes, ações de reconhecimento, incentivo ao equilíbrio entre vida pessoal e profissional, e até a criação de espaços de escuta para os colaboradores. O importante é transformar a conscientização em atitudes que, de fato, façam diferença.
Reconhecimento como prevenção
Reconhecer não é apenas agradecer, é demonstrar que a pessoa importa. Esse gesto simples pode reduzir níveis de estresse, aumentar o engajamento e até prevenir quadros de adoecimento. Afinal, sentir-se valorizado é um dos pilares da motivação humana.
No ambiente de trabalho, isso significa celebrar pequenas e grandes conquistas, dar visibilidade ao esforço e oferecer recompensas que tenham significado.
Quando o colaborador percebe que sua dedicação não passa despercebida, o trabalho ganha outro sentido.
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Como transformar a valorização em prática contínua
Para que o reconhecimento não seja pontual, mas parte da cultura, é importante contar com ferramentas e estratégias consistentes. Algumas ações que fazem diferença:
- Feedbacks constantes: em vez de esperar a avaliação anual, líderes podem dar retornos frequentes, destacando conquistas e apontando caminhos de desenvolvimento;
- Premiações personalizadas: cada pessoa se motiva de uma forma diferente. Ter opções variadas de recompensas mostra que a empresa respeita essa individualidade;
- Celebrações de equipe: reconhecer resultados coletivos fortalece vínculos e cria senso de pertencimento;
- Benefícios que importam: oferecer vantagens que realmente impactam a vida do colaborador aumenta a sensação de cuidado e reconhecimento.
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O papel das soluções Incentive nesse processo
Na Incentive, acreditamos que o reconhecimento é um investimento — e que precisa ser constante. Por isso, nossas soluções de premiação corporativa foram pensadas para ajudar empresas a engajar, valorizar e reter talentos de maneira prática e eficiente.
- Club Pontos: uma plataforma completa de pontos para premiar colaboradores, parceiros e distribuidores, com mais de 1 milhão de opções entre produtos, serviços e vouchers. Uma forma personalizada e democrática de reconhecimento;
- Pay X: o cartão pré-pago mais completo do mercado, disponível em 6 versões com bandeira Visa. Do crédito à vista ao cartão combustível, é ideal para simplificar a gestão de premiações e despesas corporativas.
Setembro Amarelo deve ser uma iniciativa para o ano inteiro!
Falar sobre saúde emocional e reconhecimento não deveria ser restrito a um mês do ano. O Setembro Amarelo é um ponto de partida para reforçar a importância de um olhar mais sensível, mas a verdadeira mudança acontece quando esse cuidado vira rotina.
Ao investir em estratégias de valorização e bem-estar, as empresas não apenas previnem problemas como burnout e desmotivação, mas também constroem equipes mais engajadas, criativas e felizes.
Reconhecer é, no fundo, lembrar todos os dias que por trás de cada meta existem pessoas — com sonhos, talentos e necessidades.
E quando essas pessoas se sentem vistas e valorizadas, o resultado é um ambiente de trabalho mais saudável, humano e inspirador!